Uma das consequências da minha ausência foi eu não ter comentado o nascimento da Ingrid Alexandra, que se poderá tornar a primeira rainha da Noruega desde a tia-treta-tri-bisavó Margarida I, há muito tempo atrás. Mas para isso existem inúmeras revistas que certamente estarão mais bem informadas do que eu.

Em matéria de nascimentos, mais interessante é o facto de Alexandre (um belo nome, claro) ter sido o nome mais atribuido a rapazes nascidos na Noruega no ano passado, o que demonstra o bom gosto de muitos pais noruegueses. Mas em Oslo, embora Alexandre tenha sido o mais popular, com 67 rebentos que foram agraciados com esse nome, um total de 65 cachopos receberam o nome de Maomé. A súbita popularidade do nome (que não correspondeu a um súbito aumento da população oriunda de países islâmicos) dá certamente que pensar.

Para gáudio dos meus inúmeros leitores, que já sentiam a falta de actualizações neste blogue, fui finalmente a Pedras Rubras buscar o pedaço de papel que me permitem regressar às terras gélidas na próxima segunda-feira. Na minha comitiva segue igualmente o Presidente da República, que no entanto seguirá num voo distinto. O Presidente regressará mais cedo - na quinta - enquanto que eu permanecerei, salvo catástrofe, até 2 de Maio.

Este viagem custou-me a módica quantia de €97, pois aquando do meu regresso por alturas do solstício, quando eu ia embarcar em Francoforte, a Lufthansa descobriu subitamente que não havia lugar para todos os passageiros. Assim sendo, e uma vez que as directivas europeias impedem os passageiros de seguir juntamente com a bagagem, foram pedidos voluntários para viajar num voo mais tarde, que receberiam um vale no valor de €300 euros em viagens pela Lufthansa, pelo trabalho de chegar às oito da noite e não às quatro (isto é, que ganhariam €75 euros à hora para não fazer rigorosamente nada). O meu espírito voluntarioso decidiu imediatamente que era agradável ter a próxima viagem às terras gélidas quase de borla; era completamente excusado no entanto terem-me ficado com as malas em Francoforte mais dois dias.

Conclusão: tentar sempre marcar estratégicamente a viagem para dias em que vai haver overbooking.

A hora do retorno às terras gélidas aproxima-se. Espero que desta vez as malas cheguem ao mesmo tempo que eu, em vez de chegarem dois dias depois...