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sexta-feira, outubro 10, 2003

Prémio Nobel 2003
Nobelpris 2003

O primeiro comentário do dia não pode deixar de ser para o Prémio Nobel da Paz, que o Instituto Nobel norueguês atribuiu hoje a iraniana Shirin Ebadi.
Como o público em geral não sabe, Alfred Nobel (e já estou a ouvir a voz do Cassete Carvalhas a dizer Nóbel) foi um químico sueco que inventou esse nobre instrumento da paz, a dinamite, e que deixou a sua fortuna - carradas de mocas - em testamento a uma fundação que devia geri-la, de modo a atribuir todos os anos uma substancial maquia aos laureados nas áreas por si escolhidas: Literatura, Química, Física, Medicina e Paz (o prémio Nobel da Economia não é um prémio Nobel strictu sensu). Alegadamente, Nobel ponderou também atribuir um prémio Nobel da Matemática, mas decidiu-se contra isso porque a mulher o traira com um matemático, o que é desmontado neste página.

Tudo isto para dizer que, estando durante a vida de Nobel a Noruega e a Suécia unidas sob uma única coroa (um rei, não uma moeda - apesar de à época haver uma união monetária entre os dois países), Nobel decidiu sabiamente atribuir ao Parlamento Norueguês, o Storting (à letra, Grande Assembleia) o direito de decidir quem é o feliz contemplado com as carradas de mocas e a publicidade à borla que tal prémio acarreta, decisão essa tomada por um comité de cinco deputados.

Os candidatos podem ser propostos por deputados dos diversos parlamentos (foram deputados à Assembleia da República que propuseram o bispo Ximenes Belo), e este ano um dos candidatos propostos era George W. Bush, no que terá sido uma das candidaturas mais ridículas, salve as proporções, desde que Vidkun Quisling (um nome do qual voltaremos a falar) propôs nos anos 30 um certo político alemão e o seu homólogo italiano para o dito Prémio Nobel da Paz.

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