Aproveitando a minha viagem à Praia (onde não tive tempo de ir à praia), o que se pode dizer sobre as relações noruego-caboverdianas?
A primeira (e única até agora) vez que ouvi a Cesária cantar foi no
Cosmopolite em Oslo, cidade que ela visita regularmente, e onde é apreciada não só pelos locais como também por uma pequena e discreta comunidade caboverdiana que deve rondar as mil pessoas - mais ou menos tantos como os portugueses e os brasileiros. Os primeiros, aparentemente, chegaram à Noruega como marinheiros da Marinha Mercante.
Entre os filhos mais famosos dessa comunidade, conta-se o
Freddy dos Santos, jogador do novo campeão norueguês, e não tão famoso, o meu antigo
vaktmester (não faço ideia de como se diz isto em português, mas é o tipo que trata das áreas comuns de um prédio), que por acaso também se chamava Santos.
Há também um livro infantil e respectivo filme de um autor norueguês chamado
O Príncipe do Fogo (Fogo a ilha), que é a história de um rapazinho do Fogo cuja mãe emigra para a Noruega para ganhar umas coroas, e que é um filme que recomendo a quem sofrer de insónias (imagino que quando eu tinha oito anos o filme poderia ter parecido mais interessante).