blog em português, dedicado a assuntos nórdicos
blog om Norden på portugisisk

terça-feira, janeiro 24, 2006

Uma má escolha
Eit dårleg valg

[A sério que adoro pôr estes títulos em nynorsk]

A imagem abaixo é para quiser vir para o exílio cá para cima saber o que o espera.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Duzentos e sobre uma eleição
To hundre og om eit valg

E eis-nos chegado ao post duzentos. Estão oito graus negativos, a cidade está inteiramente coberta de branco, devo ver pelo menos uns trinta centimetros de neve em certas partes do percurso até chegar a casa.

Este fim de semana, pela primeira vez desde que frustradamente votei contra o Aníbal em 1991, vou falhar uma eleição, não por escolha própria, a não ser que se considere que gastar €600 para viajar até Leça da Palmeira este fim-de-semana seja uma verdadeira escolha.

Que me conhece, no entanto, sabe perfeitamente quem seria o destinatário do meu voto, e ainda melhor quem jamais o seria. Por isso, embora discordando dele em muitas questões (nomeadamente, sou um federalista incorrigível), espero que o Manuel Alegre derrote Cavaco Silva na segunda volta do próximo dia 12 de Fevereiro. Os checos podem ter tido um presidente dramaturgo, nós bem podemos ter um presidente poeta.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Camelos na Noruega
Kamelar i Noreg

Pois é, parece que a comuna de Løten está a pensar em importar camelos, daqueles com duas bossas e muito pelo - e já estou a ver os comentários que se fazem aí por baixo, mas não creio que a Noruega esteja interessada em importar políticos portugueses - para quê dar cabo de um país tão bonito?

Quanto a mim, que, apesar de também ser importado, não sou camelo, estou a tentar cumprir a minha quota de títulos em nynorsk.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

O Duplo-Oriente
Dubbel-Østen

Entretanto, num caso interessante de dupla personalidade que está a levantar alguma polémica, a dirigente máxima da Esquerda Socialista, ou seja, a Francisca Louçã cá da terra, apela ao boicote dos produtos israelitas, enquanto a Ministra das Finanças usa os fundos do petróleo para investir em companhias israelitas. A verdade é que Israel não é muito bem visto por estas bandas desde o falhanço completo da infalível Mossad no assassinato de um completamente inocente empregado de mesa marroquino em Lillehammer.

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A Noruega, os EUA e um Freitas do Amaral norueguês
Noreg, USA, og ein portugisisk Kåre Willoch

Kåre Willoch é a figura mais marcante da direita norueguesa nos anos 80, e grande rival da ainda mais famosa Gro Harlem Brundtland. Tradicionalmente ainda mais pró-americano do que o habitual num dos países mais pró-americanos do planeta, Willoch surpreende actualmente muita gente com os seus discursos e artigos altamente críticos da actual administração norte-americana e da sua política externa. Como podem ver, o Freitas não está sozinho.

No século XIX, quase um quarto dos noruegueses enfiou-se num barco rumo às terras vastas do além-Atlântico, povoando extensas áreas do Midwest do então recém-formado país com cabeleiras loiras, igrejas luteranas e um estranho gosto por lutefisk Esses noruegueses integraram-se razoavelmente, esqueceram a língua, e tornaram-se tão americanos quanto outros quaisquer, ou seja, os seus descendentes não esqueceram dos montes e vales de onde eles tinham vindo, e mantiveram um afecto carinhoso e uma imagem congelada de um país onde muito mudou nos últimos cem anos. Assim, por exemplo, os únicos sítios onde se sabe cozinhar certos pratos como há cem anos ficam no Minnesotta.

Alguns desses imigrantes regressaram (vd. Hamsun, Knut), e trouxeram uma imagem simpática das vastas terras além-Atlânticas, que a participação americana na Segunda Guerra Mundial, e portanto na libertação indirecta da Noruega do jugo nazi, bem como o apoio financeiro do plano Marshall, não fizeram senão reforçar (na realidade, a única parte do país libertada militarmente foi a Finnmark, no Norte, pelo Exército Vermelho, mas há excelentes motivos para o Roosevelt e o Churchill terem estátuas em Oslo e o Estaline não).

Quanto ao actual presidente dos Estados Unidos, creio que, apesar dos seus esforços, não consegue destruir o capital de simpatia pelo seu país acumulado ao longo de quase dois séculos.

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quarta-feira, janeiro 04, 2006

Regresso
Retur

Eis-me aqui outra vez. São 16:26, está noite cerrada lá fora, e daqui a pouco vou jantar.