A Noruega, os EUA e um Freitas do Amaral norueguês
Noreg, USA, og ein portugisisk Kåre Willoch
Kåre Willoch é a figura mais marcante da direita norueguesa nos anos 80, e grande rival da ainda mais famosa Gro Harlem Brundtland. Tradicionalmente ainda mais pró-americano do que o habitual num dos países mais pró-americanos do planeta, Willoch surpreende actualmente muita gente com os seus discursos e artigos altamente críticos da actual administração norte-americana e da sua política externa. Como podem ver, o Freitas não está sozinho.
No século XIX, quase um quarto dos noruegueses enfiou-se num barco rumo às terras vastas do além-Atlântico, povoando extensas áreas do Midwest do então recém-formado país com cabeleiras loiras, igrejas luteranas e um estranho gosto por lutefisk Esses noruegueses integraram-se razoavelmente, esqueceram a língua, e tornaram-se tão americanos quanto outros quaisquer, ou seja, os seus descendentes não esqueceram dos montes e vales de onde eles tinham vindo, e mantiveram um afecto carinhoso e uma imagem congelada de um país onde muito mudou nos últimos cem anos. Assim, por exemplo, os únicos sítios onde se sabe cozinhar certos pratos como há cem anos ficam no Minnesotta.
Alguns desses imigrantes regressaram (vd. Hamsun, Knut), e trouxeram uma imagem simpática das vastas terras além-Atlânticas, que a participação americana na Segunda Guerra Mundial, e portanto na libertação indirecta da Noruega do jugo nazi, bem como o apoio financeiro do plano Marshall, não fizeram senão reforçar (na realidade, a única parte do país libertada militarmente foi a Finnmark, no Norte, pelo Exército Vermelho, mas há excelentes motivos para o Roosevelt e o Churchill terem estátuas em Oslo e o Estaline não).
Quanto ao actual presidente dos Estados Unidos, creio que, apesar dos seus esforços, não consegue destruir o capital de simpatia pelo seu país acumulado ao longo de quase dois séculos.
Etiquetas: politikk
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