Falando em içar irmãs no mastro da bandeira (uma referência óbvia ao Emil de Lönneberga, que se envolvia igualmente noutras actividades pouco recomendáveis), ainda não falei de bandeiras. Um momento didáctico dos dias de outrora quando a RTP se dava ao trabalho de passar séries infantis suecos é exactamente quando o Emil iça a sua irmã mais nova, a Ida, para ela poder ter uma vista panoramica da região. Estando a Ida vestida de vermelho e branco, a vizinha, que é miope, pergunta ao pai do Emil porque é que ele içou a Dannebrog - dando escasso tempo ao Emil para se esconder no armazém da madeira. E foi assim que eu aprendi o que é a Dannebrog.
A origem lendária da Dannebrog - a bandeira dinamarquesa - a mãe de todas as bandeiras escandinavas, com a sua cruz atípica, pode ser vista neste quadro, em que ela cai do céu quando o rei dinamarquês Valdemar o Vitorioso estava em 1219 a pregar o cristianismo -pelo método habitual de massacrar os pagãos- no que é actualmente a Estónia.
Os suecos, não querendo pecar pela originalidade, usaram o mesmo modelo, mas com as cores das suas armas nacionais: as três coroas sobre fundo azul-claro.
Já a Noruega adoptou em 1814 - aquando da indepêndencia da Dinamarca - a Dannebrog nas suas cores originais, mas com as armas nacionais (um leão segurando um machado) no campo superior esquerdo; posteriormente, foi adoptada a cruz central azul.
A Finlândia, então um grão-ducado onde o grão-duque, por mera coincidência, era também Czar de todas as Rússias, adoptou, igualmente por mera coincidência uma cruz escandinava azul sobre fundo branco.
Acima, podem-se ver, da esquerda para a direita, a Dannebrog e as bandeiras da Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia, ilhas Féroé, Åland (uma província finlandesa, da qual ainda havemos de falar), Groenlândia e Lapónia.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home