Um dos programas mais fascinantes do Herman (Lindqvist) versou sobre a morte violenta mais famosa das história dos países nórdicos: a do rei da Suécia Karl XII, ainda discutida apesar ter acontecido há mais de trezentos anos.
Numa época em que os reis se mantinham prudentemente longe do campo de batalha, Carlos XII era o prótotipo do rei que não tinha medo de sujar as mãos numa boa refrega, envolvendo o seu país em guerras contínuas durante o seu reinado, e sendo espectacularmente derrotado por Pedro o Grande na famossísima batalha de Poltava, na Ucrânia, que marcou o ínicio a ascenção inexorável da Rússia como potência continental.
Não contente com isso e com a perda do estuário do rio Neva, onde mais tarde seria fundada São Petersburgo [cidade honoriamente pertencente às terras gélidas do Norte], Carlos XII regressou da Turquia, para onde tinha escapulido após Poltava, para imediatamente envolver a Suécia numa guerra contra a Dinamarca, reino do qual a Noruega fazia à época parte. Durante o cerco da fortaleza norueguesa em Fredrikshald (actualmente Halden), Carlos XII cai atingido por uma bala - mas teria sido o rei atingido por um soldado norueguês com uma espectacular pontaria, que num brilhante golpe de sorte abateu o comandante supremo do exército inimigo? Ou mais prosaicamente teria um soldado sueco que estava farto de andar metido em confrontos violentos e queria simplesmente ir para casa ter com a família espetado uma bala nas costas do rei?
Trezentos anos depois, a dúvida persiste...
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