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terça-feira, dezembro 02, 2003

Cidades da Noruega
[Norske byer]

Dizer que a Noruega é Oslo e o resto é paisagem é obviamente falso, apesar de as paisagens seram muito mais espectaculares fora de Oslo. Assim, pelo menos algumas cidades norueguesas merecem uma menção. Aconselhamos o uso deste mapa pelo mais incautos.

Bergen, na parte ocidental do país, centro da região do Hordaland, é a segunda cidade do país. Antiga cidade hanseática, é um tradicional centro comercial e piscatório (mas alguem neste planeta gosta de arenque?)
Se alguma vez forem a Bergen, esperem chuva- até há máquinas de venda de guarda-chuva como noutros lugares há máquinas de preservativos. Piada berguense: turista americano para miúdo berguense: aqui nunca para de chover? Miúdo berguense para turista americano: não sei, só tenho doze anos.
Confesso que não faço ideia acerca das capacidades linguísticas do miúdo médio de doze anos em Bergen, mas suspeito que são superiores às do turista americano médio.
Para compensar a água que se mete em Bergen, o clube local é o Brann, que significa incêndio.

Mais a norte, Trondheim, centro do Trøndelag, é a terceira cidade do país. Primeira capital da nação e local das coroações na bela catedral de Nidaros desde o tempo do Carlos João (o da rua), centro universitário que a transformaria na Coimbra do Norte se não fosse a crónica dominância do Rosenborg no mundo futebolístico local, que torna mais apropriada uma comparação com a Invicta.

Stavanger, no Rogaland, a quarta cidade do reino, é a capital do petróleo e das petro-coroas, o que, dizem, a transforma numa das cidades mais cosmopolitas nas terras gélidas. O clube de futebol local, já agora, é o mesmo Viking que há uns anos... OK, OK, Miguel, eu calo-me.

Tromsø, nas terras negras do norte (pelo menos durante os meses de inverno), é igualmente uma importante cidade universitária. Isto porque é sempre possível ir para a «noite» por volta do meio-dia.

Uma palavra também para Karasjok, com os seus menos de 2000 habitantes, centro lapão por excelência, longe de tudo e de todos, excepto das renas, que superam os seres humanos no município numa proporção assustadora. Sendo o mapa que indiquei relativo à população humana, claro que Karasjok não aparece- se as renas contassem, era Oslo que não aparecia. Reparem que a página é bilingue, mas as renas com acesso à rede continuam sem informação na sua língua Natal (perceberam? rena, natal!!!). Aproveitam para visitar Karasjok via rede, porque chegar lá por outros meios de transporte é algo mais complicado. Mas é a viida (não, não é erro ortográfico: a planície da Lapónia central chama-se mesmo viida).
Na realidade, a comuna de Kautokeino é mais importante, mas temos que confessar que o nome Karasjok tem mais piada.

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